quarta-feira, 25 de abril de 2012

Agora eu riria, se não estivesse morto

  Certa vez duas mulheres começaram a discutr para saber qual dos maridos era mais estúpido. Finalmente resolveram, de comum acordo resolveram fazer uma experiência para ver se eles eram tão estúpidos quanto pareciam. Uma delas armou a seguinte tramóia: quando o marido chegou do trabalho, ela pegou uma roca, um cardador e, depois de se sentar, começou a cardar e a fiar sem lã, mas nem o camponês nem ninguém viu nenhuma lã nas suas mãos. Observando isso, o marido perguntou se ela estava louca a ponto de cardar e fiar sem lã, lhe pediu para que explicasse o que estava acontecendo. A mulher disse que seria muito improvável que ele cosneguisse ver o que estava fazendo, pois se tratava de um tecido tão fino que os olhos não podiam enxergar. Era com esse tecido que iria lhe fazer as roupas. Ele achou essa explicação bastante satisfatória, admirou-se muito da inteligência da mulher e ficou muito feliz já antevendo a alegria e o orgulho que teria com aquelas roupas. Depois de fiar - segundo ela disse - o bastante para fazer as roupas, armou o tear e teceu o pano. De vez em quando o marido ia olhar, admirando-se da habilidade de sua boa esposa. Ela estava se divertindo muito com a história toda e se apressou em executar o plano da melhor forma. Tirou o tecido do tear, depois de pronto, lavou-o, apisoou-o e finalmente começou a trabalhar, cortando-o e fazendo as roupas com ele. Quando ela disse ter terminado o trabalho, chamou o marido para provar as suas roupas finas, mas não ousou deixá-lo expeerimentá-las sozinho, por isso o ajudou. Ela fingiu vesti-lo  com as roupas finas e, embora o coitado na verdade estivesse nu, acreditou piamente que estava enganado e que sua esposa lhe fizera magníficas roupas finas. Aquilo o deixou tão satisfeito que não conseguiu se conter e começou a pular de alegria.
  Agora vamos falar da outra mulher. Quando o marido chegou do trabalho, ela lhe perguntou porque diabos ele estava de pé e andando. O homem ficou perplexo e disse: "Por que pergunta isso?". Ela o convenceu que estava muito doente e lhe disse que era melhor ir para cama. Ele acreditou nisso e foi para cama o mais rápido que pôde. Passado algum tempo, a mulher disse que iria preparar os funerais. Ele perguntou por que e lhe implorou para que não fizesse isso." Por que você fica agindo feito um idiota? Você não sabe que morreu esta manhã? Vou mandar fazer o seu caixão agora mesmo". Então o pobre homem, acreditando que aquilo fosse verdade, ficou quieto até ser colocado no caixão. A mulher marcou o dia do enterro, contratou seis homens para carregar o caixão e pediu ao outro casal que acompanhasse seu querido marido até o túmulo. Ela mandara fazer uma janelinha no lado do caixão, para que o marido pudesse ver tudo que passava à sua volta. Quando chegou a hora de levar o caixão, o homem nu chegou, achando que todo mundo iria admirar suas roupas finas. Mas longe disso: embora os carregadores estivessem abatidos, ninguém conseguiu controlar o riso ao ver o imbecil pelado. Quando o homem que estava no caixão viu o outro, gritou o mais alto que pôde: "Agora eu riria, se não estivesse morto!". O enterro foi adiado, e deixaram o homem sair do caixão.


Conto Islandês

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