sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

When you wish upon a star...


  Por mais clichê que seja, esse ano foi muito gratificante para mim. Acho que pela primeira vez na minha vida - o que é um pouco vergonhoso já que eu tenho vinte anos nas costas e já deveria ter noção de tudo o que passei nesse ano - eu realmente... Vivi e aprendi, tanto com os erros quanto com os acertos. é meio estranho dizer isso porque sempre achei babaquice e algo que só acontecia em filmes e livros, mas, surprise bitch! É real e realmente acontece.

Eu não vou listar coisa com coisa. Não vou colocar datas específicas ou ordem de acontecimento porque não sei. Eu simplesmente vou contar e desenvolver com o post de acordo com o que eu for me lembrando e de acordo com o que eu achar memorável para mim.


  - Faculdade: Pode parecer um pouco absurdo, e na verdade É absurdo, mas foi uma surpresa e tanto para mim fazer o segundo semestre. Ok. Isso merece uma explicação.

  Até o momento eu entrei em três cursos superiores: hotelaria, polímeros e gestão ambiental. Não passei de um semestre em nenhum deles e alcançar o segundo semestre em gastronomia, e mais do que o segundo o terceiro, é realmente um feito e tanto para mim. Acho que me acostumei tanto com as mudanças de ambientes, matérias e pessoas que me surpreendo por continuar no mesmo lugar ainda.

  Não. Isso não é algo ruim. Muito pelo contrário. É muito bom e estou aliviada por estar acabando pois em breve farei o que quero, mas isso não tem nada a ver com o assunto.

  Entre várias coisas, além daquelas coisas típicas de faculdade que é aprender o que está cursando (lol), acabei entendendo melhor que é cada um por si. Sim. É duro, mas é a verdade. Seus colegas não vão ligar para como você está e nada importa além da própria nota ou dos proveitos que tiram com isso. Pois é.

  Também percebi não existe nada sem esforço e o maior exemplo disso foram as provas que tive. Algumas delas, aquelas que achei que seria simples conseguir nota sem precisar perder tempo me aprofundando no assunto ou lendo o básico, foram as mesmas com as quais quebrei a cara. Impressionantemente, aquelas que me aprofundei mais no assunto com medo de não me sairia bem, foram as que tive as melhores notas.

  Ah! Eu também descobri um certo talento em uma das áreas o que foi impressionante, haha.

- Livros: Mesmo não sendo algo de todo impressionante, acho legal dizer que li muito esse ano (até o dia desse post foram 52); muito mais do que minha meta ainda que não tenha lido os livros dela.

  Achei isso muito legal porque além de ler bastante, consegui controlar um pouco meu impulso de compras de livros e assim esse ano minha coleção não aumentou muito comparada ao último ano. E, claro, que além disso adquiri conhecimentos e experiências diferentes com a leitura; tal como pensamentos e todas essas cargas que livros nos trazem sem a gente sequer se dar conta.

  Hm... Eu também consegui comprar alguns livros que eram meu sonho de consumo, haha. O que foi bem bacana ainda que eu não tenha os lido ainda... Mas, isso não importa muito. Sinto um peso a menos agora que os tenho comigo.


- Trabalho: Depois de vinte anos, e com um pouco de vergonha em assumir isso, eu finalmente arranjei um trabalho de verdade. Nada de bicos para ganhar um dinheirinho de nada. Um trabalho de verdade. Daqueles que precisamos chegar no horário, bater cartão, sair no horário, nos relacionar, nos dedicar e tudo o mais.

  O único motivo de eu ter começado a trabalhar foi por um problema que arranjei com dinheiro e me fez ter certa urgência em arranjar um local. E achei. Meu primeiro emprego foi em um restaurante ali na Casa das Rosas, na Paulista.

  Confesso que fiquei um pouco assustada quando entrei. Eram coisas demais para aprender, muita gente com quem me relacionar - e como a pessoa introspectiva que sou, foi o que mais me assustou -. Por sorte, ou não, até que fui bem recebida... O que, claro, não durou muito -, e eu ainda precisava conciliar os estudos com o trabalho (algo impossível e ainda mais assustador visto que trabalhava em escala 6x7, ou seja, trabalhar seis dias e folgar um único dia que claro era no meio da semana).

  De forma impressionante, pelo menos eu acho, consegui me adaptar bem as mil coisas que precisava decorar. Aprendi um bocado com todas as meninas e inclusive sei tirar café de uma máquina agora, algo que nunca achei que faria na vida (lol). Infelizmente também tive problemas, o que não é nenhum pouco surpreendente, e foi exatamente com esses problemas que eu aprendi mais.

  Eu sempre tive consciência que a minha "boa vida" não era para todos; é um luxo que poucos tem. Também sempre tive consciência que os meus conhecimentos, minha inteligência, meus gostos, etc, etc também são luxos que a minoria também ou pode adquirir. Claro que isso juntamente com a minha lerdeza em fazer as coisas ajudou em algumas desavenças.

  Mais impressionante disso tudo foi quando eu saí depois que o clima se tornou insuportável para mim. Quando algumas pessoas vieram se despedir de mim, acabei ficando sentimental e quase chorei haha. De toda forma, todos os momentos que passei com cada uma das meninas foram especiais de alguma forma; e pelo sim e pelo não, foram também divertidos.

  Bem... Depois desse, acabei fazendo dois... "bicos" e depois fiquei um mês em outro restaurante antes que me irritasse com alguns problemas e também pedisse a conta.

  ... O que me faz pensar que preciso aprender a controlar minha raiva para não ficar pulando de um galho para outro.

- Relacionamentos: Acho que essa foi a parte desse ano em que eu mais... Cresci. Foi realmente complicado e cheio de reviravoltas por n motivos diferentes.

  Perdi pessoas que realmente considerava importantes em minha vida; aquelas que a gente acredita que vai estar chorando do lado de seu caixão. E conheci outras que por um bom tempo desejei que se transformassem nessas pessoas e pudéssemos compartilhar uma vida e blábláblá.

  Para algumas delas, eu tenho uma leve razão do motivo (e esse não é exatamente um bom motivo, é apenas... Um motivo) e outras eu não tenho ideia do que aconteceu. Seja qual for a situação, me ajudou a entender melhor as pessoas e como eu reajo de acordo com elas. É um tanto estranho de se explicar e por isso não vou me prolongar muito no tópico, apenas digo que ajudou em meu crescimento pessoal e me ajudou na formação de algumas opiniões (como parar de me importar muito com os outros e mais comigo mesma).


- Eu: Sim. Além dos tópicos já ditos[?], o que claro me incluem, quis fazer um especial para mim mesma. É. Meu blog, minhas regras.

  Com o conjunto de todas as experiências que passei ao longo dos anos, sendo repetitiva aqui, eu cresci. Eu me de descobri (pouco, é verdade, mas me descobri). É estranho dizer isso e repetir isso dezenas de vezes, mas, sim, eu tenho vinte anos. E nesses vinte anos nunca soube quem eu era ou o que queria, o que gosto e o que desgosto, nunca me senti em um padrão e não me encaixava mesmo para fora dos padrões.

... Bem. Isso mudou um pouco e me faz feliz por isso.

  Aprendi a confiar em mim mesma. Gostar de mim mesma pelo o que sou. Não importa se eu gosto de coelhos e ao mesmo tempo de ver vísceras para fora de um corpo. Não importa se não tenho uma pele legal, um cabelo bem feito, um corpo atraente ou um rosto bonito. Não. Nada disso importa porque EU sei quem eu sou. Sou muito mais do que os rótulos que eu mesma muitas vezes me dava. Meus gostos, minha aparência, minhas opiniões...Enfim, tudo, não me definem o que é muito estranho, haha.

  Agora me sinto acima dessas coisas... Banais que podem facilitar uma pergunta ou outra, mas que estão longe de ser a resposta concreta. Sei que não estou me expressando muito bem, mas... É.

  De toda forma, acho que essa é uma experiência válida. Se aceitar, digo. Eu demorei vinte anos para entender o que é isso e mesmo que ainda não seja 100% foi só depois de eu me aceitar que os outros passaram a me aceitar também. É clichê o que dizem, mas é a pura verdade. As pessoas gostam de você quando você gosta de si mesmo (e lembrando que esse não é o foco, ok? Que se dane se os outros gostam de você ou não!).

  Foi exatamente depois que eu me abri para mim mesma, que eu me abri para novas experiências e tudo quanto é tipo de coisa nova. Eu até gostaria de escrever algumas delas aqui, mas acho o post já ficou muito longo, haha. Enfim... Foi bom me mudar nisso. Muito bom. Estranhamente não me arrependo de nada que eu tenha feito nesse tempo.

  Eu me sinto mais livre agora em todos os sentidos que essa palavra possa dar e devo acrescentar que é uma sensação maravilhosa.


  É... E essas foram as coisas que fizeram de mim uma pessoa melhor (ou pior). Tudo o que posso fazer agora é esperar que eu não me esqueça dessas lições e o que tirei delas. Espero que meu próximo ano seja ainda melhor, sinceramente, e que eu tire ainda mais coisas boas dele pelo simples fato de eu estar adorando essa minha nova vida, minha liberdade, e essa nova eu.

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